quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Haiku

O Haiku, conhecido e algo transcedente modo poético do Japão é, a meu ver, uma das mais belas formas de contemplação da condição humana. Para mostrar a minha admiração por este tipo de poesia, decidi tentar a minha sorte.

Haiku em português:

Lançado à rua
O guito dura pouco.
Logo é roubado.

A neve branca
Assenta bem no monte.
Mas queima as patas.

Fiquei 5 horas a olhar para uma cafeteira em ebulição para ter esta epifania. Acrescentei ainda o seguinte:

A cafeteira
ferve tranquilamente.
Mas queima as patas.

Nunca mais volto a fazer essa brincadeira...

Blog = merda

OK, antes de mais gostava de esclarecer uma coisa. Não estou nada satisfeito por estar a perder tempo precioso da minha efémera e em última análise inútil vida para escrever este blog. Não existe no conjunto das justificações um único elemento que sirva para tornar legítima a minha deplorável decisão de vir para aqui armar-me em esperto, quando podia estar a estudar, treinar, foder ou ver o canal da tv- shop na montra da loja da Sony ao pé da minha casa na companhia de vários sem-abrigo (qualquer das quais seria um melhor uso do meu tempo).
Mas então porque é que me meti nesta merda? (Se alguém tem o azar de me responder por motivos vai levar com um pontapé-dragão do meu macaco amestrado no meio dos olhos). Simples. Porque, tal como toda a gente que tem blogs, sou um anhoco do caralho, um travesti e um palhaço. Ok, não sou travesti, mas percebem a ideia.
Foda-se, é que só a própria palavra parece o som de um bocado de merda a atingir o frio alcatrão duro de uma qualquer estrada, depois de nascer do quente, húmido e asqueroso olho do cu de um qualquer rafeiro.
O meu único consolo é saber que alguém neste mundo vai sentir-se mais fodido por ter perdido tempo a ler isto do que eu me senti a escrevê-lo.

Por motivos

Porque é que me juntei à manada de idiotas que são donos orgulhosos de um blog? Este homem tem a resposta.